terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Tuvuca e sua vitrola chegam a 2010

É difícil iniciar 2010 com um texto positivo, depois de tantas desgraças naturais, impulsionadas por políticos desgraçados, atingindo nosso país. Mas, inspirado pela sempre bem-vinda nostalgia, tentarei.

Para isso, falarei da minha maior paixão. Como diz a minha biografia no Twitter, sou jornalista, mas o que importa mesmo é o Rock 'n' Roll. Cito a frase dita pelos automobilistas "life is racing, the rest is just waiting" e troco o "racing" por "rock 'n' roll". Afinal, tudo gira em torno de quanto dinheiro ganhar para ver quantos discos é possível comprar.

Sim, discos, e não cds. Sem querer menosprezar o cada vez mais esquecido compact disc, a minha vitrola, que eu ganhei de Natal da pessoa mais especial, a única que pensaria nesse presente perfeito, fez com que 2010 começasse de um jeito bem diferente. Não mais perderei tantas horas em lojas como a Fnac. Sebos do centro, aqui vou eu!

Já comprei algumas coisas novas, juntei as velhas aquisições familiares com as minhas e já ouvi um monte de bolacha, virando para o lado B sempre que o A acaba. É gostoso demais. Você consegue ver a música girando, fazendo o trajeto vinil-agulha-vitrola-caixa de som. É muito diferente. É muito melhor. E muito mais real.

Eu não tinha uma vitrola decente há uns dez anos, quando a de casa pifou de vez. Meu pai tentou arranjar outra, mas que nunca funcionou de verdade. A nova, no entanto, é especial.

É da Philips, e vira uma maleta para levar para qualquer lugar. A tampa se transforma nas caixas de som. Imagino que tenha sido o primeiro walkman de verdade - afinal, dá pra ligar até com pilha.

Dois dias antes de ganhar a vitrola, fui na galeria fazer compras de Natal para mim mesmo. E vi o vinil do "Permanent Waves', do Rush, por R$ 15. Levei e pensei "vou comprar um disco do Rush por mês até completar a coleção" (que já está completa em cd, diga-se). Parecia uma premonição.

Falarei mais do Permanent Waves em um futuro post, que resgatará a esquecida seção "Efemérides do Rock" - essa deverá ter novos capítulos em 2010. Por enquanto, continuo encantado com a vitrola.

Ela fechou um ano brilhante para mim no que diz respeito a Rock 'n' Roll. Foram os melhores shows que eu assisti do Iron Maiden (no Rio e em SP, que me inspiraram um dos melhores textos que já escrevi, na minha opinião) e do Kiss (o outro foi o de 1999). Também foi a primeira vez que eu presenciei Heaven and Hell (sensacional), Faith no More (também) e, principalmente, o AC/DC, que merece um futuro capítulo à parte.

Aliás, depois do AC/DC, eu fechei a série de bandas que eu realmente precisava ver ao vivo. E será difícil ver algo melhor do que Brian Johnson, Angus Young e os outros três. Mas continuarei indo atrás dos dinassouros em estádios e casas de show.

E, quando voltar para casa, ouvirei os discos na vitrola lembrando de 2009, um ano marcado pelas boas recordações de Rock 'n' Roll.